quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Black Friday


A Black Friday deixa o consumidor louco devido as promoções, tanto que estes estão dispostos a ficar em filas intermináveis, encontrões, quedas, gritos e por vezes até violência, tudo isto para serem os primeiros a entrar na loja e aproveitarem os descontos antes que se esgotem, o que leva a um consumo por impulso porque as pessoas só olham para a percentagem de desconto do produto, e como têm medo de perderem a “promoção do ano”, eles têm de decidir se vão comprar o produto em segundos, sem terem tempo para avaliar se necessitam ou não.  No instante em que o consumidor toma a decisão de comprar algo ele sente-se bem, envolvido por uma onda positiva. Mas de seguida, como acontece por vezes com o álcool ou drogas, essa sensação dá lugar a outra: um sentimento de culpa, que por vezes os pode levar a reproduzir o comportamento inicial. No melhor cenário a Black Friday irá os encorajar a gastar mais do que aquilo que deviam, na pior das hipóteses ira-lhes deixar pobres e cheio de dividas, indo para o ano nove sem nada, à volta de família e amigos que já se esqueceram daquilo que lhes comprou. O que muitas pessoas não se apercebem é que muitas destas promoções são falsas, aumentam o preço uns dias antes para que ao fazerem o desconto a percentagem seja maior, o que pode traduzir num desconto real muito inferior ao promovido, mas devido a este consumo por instinto as pessoas que não estão por detrás dos preços dos artigos não verificam se o desconto é bom ou não, ficam saciados pelo desconto e consumem sem pensar.
Concluindo a Black Friday é apenas um dia em que as pessoas deixam-se levar pelo consumismo, fazendo compras que não precisam, que são provocadas pela publicidade que leva os consumidores a consumirem por instinto.