A Black Friday
deixa o consumidor louco devido as promoções, tanto que estes estão dispostos a ficar em filas intermináveis, encontrões,
quedas, gritos e por vezes até violência, tudo isto para serem os primeiros a
entrar na loja e aproveitarem os descontos antes que se esgotem, o que leva a
um consumo por impulso porque as pessoas só olham para a percentagem de desconto
do produto, e como têm medo de perderem a “promoção do ano”, eles têm de decidir
se vão comprar o produto em segundos, sem terem tempo para avaliar se
necessitam ou não. No instante em que o
consumidor toma a decisão de comprar algo ele sente-se bem, envolvido por uma
onda positiva. Mas de seguida, como acontece por vezes com o álcool ou drogas,
essa sensação dá lugar a outra: um sentimento de culpa, que por vezes os pode
levar a reproduzir o comportamento inicial. No melhor cenário a Black
Friday irá os encorajar a gastar mais do que aquilo que deviam, na pior das
hipóteses ira-lhes deixar pobres e cheio de dividas, indo para o ano nove sem nada,
à volta de família e amigos que já se esqueceram daquilo que lhes comprou. O
que muitas pessoas não se apercebem é que muitas destas promoções são falsas,
aumentam o preço uns dias antes para que ao fazerem o desconto a percentagem
seja maior, o que pode traduzir num desconto real muito inferior ao promovido,
mas devido a este consumo por instinto as pessoas que não estão por detrás dos
preços dos artigos não verificam se o desconto é bom ou não, ficam saciados
pelo desconto e consumem sem pensar.
Concluindo a
Black Friday é apenas um dia em que as pessoas deixam-se levar pelo consumismo,
fazendo compras que não precisam, que são provocadas pela publicidade que leva
os consumidores a consumirem por instinto.