Hoje
em dia cerca de três bilhões de pessoas, sendo assim 40% da população mundial
usa redes sociais. Chegamos a gastar em média por volta de duas horas todos os
dias a partilhar, gostar de fotografias e escrever tweets para atualizar as
nossas plataformas. Isto equivale a meio milhão de tweets e fotos partilhadas
no Snapchat a cada minuto. Como assim as redes sociais desempenham um papel tão
importante nas nossas vidas? Será que estamos a prejudicar o nosso bem-estar, assim
como a perder o nosso tempo?
Arrisco
dizer que as redes sociais foram criadas para que todos pudéssemos discutir e
partilhar as nossas opiniões, mas antes de conhecermos os aspetos reais destas
plataformas, é necessário entender o que realmente significam as redes sociais.
Estas são um termo usado para descrever a interação entre grupos ou indivíduos
nos quais eles criam, compartilham e trocam ideias, imagens, vídeos e muito
mais pela internet. Nos dias de hoje, observamos que as crianças crescem no
meio de todos estes dispositivos móveis e sites interativos de redes sociais,
como Twitter, Instagram e Facebook, fazendo com que estas plataformas se tornem
um aspeto vital nas suas vidas. Mas que feitiços carregam para nos deixar tão
encantados? Este encanto deriva na transformação do comportamento dos jovens na
relação com os seus pais, amigos, e leva muitas vezes a uma troca de
prioridades, em que a vida virtual se encontra em 1º lugar.
Na
realidade, as redes sociais causam um efeito duplo pois tanto afetam
positivamente como negativamente. No lado positivo, estes podem ter um grande
papel devido a funcionarem como ferramentas quase indispensáveis na vida
profissional como comercializar as habilidades dos jovens profissionais e encontrar
oportunidades de trabalho. Mas, por outro lado, a internet está carregada de
vários riscos associados às comunidades on-line. O cyberbullying é considerado
um tipo de assédio que apenas ocorre na internet e tem grande peso na nossa
sociedade. Para além disso encontramos muitos outros problemas decorrentes do
uso intensivo destas plataformas como o stresse, a ansiedade social, a
depressão, solidão, falta de sono entre outros que não trazem nada de
enriquecedor para as nossas vidas. Porém, elas acabam por criar um vicio sobre
a sociedade. Este uso excessivo das redes sociais está relacionado com
problemas de relacionamento, pior desempenho académico e muitos outros.
Com
isto, podemos concluir que apesar de observarmos todos estes problemas
sofridos, cada vez mais membros da população aderem a esta bola de neve,
envolvendo-se de tal forma que chegam a viver com maior intensidade e dar extrema
importância à sua vida virtual do que à vida real. Tudo à nossa volta se
relaciona e “tem” de estar exposto nestas plataformas, quase como uma
obrigação. Se não estiver lá, é como se não existisse. Basta uns filtros a
disfarçar e um sorriso colado por cima que já nos tornamos tudo o que não nos
preenche. A necessidade de imitar alguém que não somos torna-se quase um dever
imposto pela pressão social, como acontece com o plástico. Ao longo dos anos,
este foi adquirindo um papel tão grande que dificilmente irá desaparecer. Tudo no
mundo está a ser plastificado, pois ele possui a capacidade de se moldar e
imitar qualquer objeto existente. O mesmo acontece connosco. A cada dia que
passa plastificamos cada vez mais as nossas vidas até já não existir uma gota
de verdade.