Atualmente, estamos a viver uma onda de pseudoativismo praticado por todos, desde pessoas comuns, até estratégias de marketing de “grandes” marcas. Chegámos a um momento de preocupação instantânea e sensacionalista, especialmente visível nas redes sociais, onde todos expressão a sua preocupação e um “alto” conhecimento pelo tema mainstream do momento, seja uma causa ambientalista, social, política. É a era dos “expects“ das redes sociais que partilham ou repartilham posts referentes ao conhecimento cheios de orgulho por mostrarem que se importam e que estão a acompanhar os “problemas” mundiais, mas verdade não só a maioria dos seus seguidores já partilhou esse mesma informação, para depois o imediato post ser a foto de uma banalidade diária como a fotografia do prato extremamente gormet que estão prestes a saborear ao jantar.
Este resultado
surge em praticamente em todos os acontecimentos em que haja um mínimo de sensacionalismo
e foco através dos medias, no entanto o principal aqui são as causas ativistas.
Estas redes e comunidades que têm vindo a lutar por certos direitos há já décadas
e têm mantido um presença constante, e é bom assistir a um aumento da
visibilidade destas, através de diversas campanhas em vários formatos que as promovem, e o aumento de cúmplices que pretendem colaborar ativamente para as
ajudar. No entanto, o que é revoltante, são os ativistas superficiais. Os ativistas
do click instantâneo da publicação do instagram ou do Facebook, o ativista que só
conheceu o problema à razoavelmente 5 minutos, e no entanto passa como um devotante
apoiante e de longa data da causa.
Claro que este ativismo superficial aumenta a visibilidade da causa e pode dar a conhecê-la a quem não sabia da sua existência. O problema é a intenção por detrás dessa ação, e o que acontece após esta ação. Acontece que esta ocorrência regular, por uma grande parte generalidade das pessoas, incluindo muitos ditos “influencers”, serve apenas para manter uma imagem, e não realmente contribuir para ajudar, ou realmente dar destaque à causa. O objetivo é, mesmo que inconscientemente, dar destaque a elas mesmas, transmitindo uma imagem positiva. Enquanto a causa está a ser altamente discutida por todos os medias, todos nós ouvimos todos a falar eloquentemente acerca da mesma, são todos uns grandes entendedores no assunto, mas mal surge outro novo assunto que ocupa o lugar do anterior, que é facilmente esquecido passado três a quatro meses encontramo-nos assim num ciclo altamente falacioso .