Desde infantes, rapazes e raparigas são expostos a estímulos diferentes. Desde brinquedos, a desenhos animados, cores, etc. Desta forma revelam-se as diferentes expectativas que são impostas em cada sexo. Os rapazes são encorajados a gostar de coisas mais temáticas, objetivas e ligadas á razão, enquanto que as raparigas são encorajadas a ter um comportamento mais emocional e social.
Isto permanece na adolescência e até na vida adulta, e as redes sociais servem como prova disso. Através de um algoritmo que define o que cada usuário vê, as redes sociais funcionam, em essência, como um espelho que reflete esses mesmos estereótipos reforçados desde a infância. Para os homens, há uma maior exposição referente ás tecnologias, gaming, e desporto, não dando espaço para a expressão emocional entre os homens, e isolando-os. Do lado feminino, encontram-se mais nichos de lifestyle, maquilhagem e moda, que intensificam a pressão estética imposta sobre as mulheres.
Com isto, vão-se criando bolhas, micromundos sociais onde as pessoas interagem maioritariamente com outros que estão se inserem nos mesmos grupos, assim criando separação. A falta de contacto entre grupos incita conflitos entre os dois sexos. Olhando para os extremos deste fenómeno, mulheres acabam por ser mais expostas a assédio online, vídeos sobre stalking, e mensagens indesejadas, havendo a necessidade da criar espaços de segurança física e emocional entre mulheres. No polo masculino, há uma maior exposição a ideologias e debates extremistas, comunidades misóginas e grupos de masculinidade tóxica, como os "red pill".